sábado, 19 de março de 2011

VIVA A DEMOCRACIA!

Colegas, a Chapa 1 gostaria de parabenizar a Comissão Eleitoral pela realização e organização do debate entre as chapas concorrentes. Foi um momento de discussão muito importante, que respeitou as regras definidas em reunião anterior e buscou garantir a participação equânime das duas chapas do DF e dos profissionais que compareceram, interessados em conhecer melhor as candidaturas. Agradecemos pela oportunidade de apresentação das propostas e de argumentos em defesa do Serviço Social no Distrito Federal.

Forte abraço aos apoiadores e apoiadoras! Até a vitória!

Um comentário:

  1. O debate em momentos de uma disputa política é salutar, pois nos possibilita investir contra um dos obstáculos mais fortes que nos separa da vivência de uma cultura verdadeiramente democrática, qual seja: a anulação da fala.
    Ao examinarmos a história política do nosso país, notamos que é marcada pela tentativa de silenciamento de parte da população. Para isto tivemos e temos meios violentos ( as ditaduras), meios ideológicos (coronelismo, populismo) e meios mais sutis, como a invisibilidade e o descredenciamento do sujeito.Esta última forma é mais evidente hoje, mas não podemos negar que elas se entrelaçam, e todas são, cada uma a sua maneira, violentas.
    Depois do debate pensei muito numa frase de Claude Lefort, que diz "democracia é o conflito social legítimo". Talvez para nós brasileiros, infelismente acostumados à violências silenciosas, seja dificil reconhecer a beleza que há neste conflito emergente num espaço público, a partir da alteridade, do reconhecimento de que todos são iguais para afirmar suas diferenças e colocar suas demandas.
    Percebo a democracia entre nós como um frágil acordo, que rapidamente abandonamos e lançamos mão, talvez de maneira quase inconciente, dos mecanismos de anulação do outro.
    Vejo que o serviço social tem um caminho longo a trilhar rumo a "invenção democratica". E se quisermos a democracia como uma experiência e não um chavão discursivo, temos que realizar uma análise verdadeiramente crítica de como tem sido nossos momentos de discussão política.
    Por fim, cito Maria Helena Chauí, ela me faz pensar que esse tempo novo que vivemos, demanda muito mais que resitência, demanda o novo, por isto precisamos mais que nunca da democracia, "a democracia é a sociedade verdadeiramente histórica, isto é, aberta ao tempo, ao possível, às transformações e ao novo. Com efeito, pela criação de novos direitos e pela existência dos contra-poderes sociais, a sociedade democrática não está fixada numa forma para sempre determinada, ou seja, não cessa de trabalhar suas divisões e diferenças internas, de orientar-se pela possibilidade objetiva (a liberdade) e de alterar-se pela própria práxis."

    Com Carinho a todos,
    Rosi-membro da chapa 1

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